INTRODUÇÃO
Acreditamos que todos os cristãos têm um chamado de Deus para o cuidado mútuo. Nós não fazemos nada fora da célula, pois tudo o que a igreja precisa fazer como treinamento, pastoreio, discipulado, evangelismo, oração e adoração, é feito por meio da célula. Nossas celebrações são fortalecidas através de células saudáveis e multiplicadoras, isto é, “Células Fortes”. Somos a geração de multiplicadores e o nosso propósito é promover o crescimento de nossos filhos espirituais. Afinal, quem ama promove!
Pensando a partir disso, para uma célula crescer de forma saudável é fundamental que o líder cresça primeiro. Por isso, quando um líder gera um novo líder de forma saudável ele se torna um líder supervisor e com a continuidade deste processo de reprodução de novos líderes dentro da equipe dele, ele então se torna um “discipulador” de fato.
Consideramos o “discipulador” a força motriz, que fará com que a engrenagem de crescimento se mantenha acontecendo e se fortalecendo. Sua principal função neste caso, será sempre detectar um novo líder em potencial, ajuda-lo a crescer na estrutura proposta, acompanhar a vida pessoal, familiar e ministerial.
Antes de mais nada, é preciso salientar que o discipulador é formado no “campo de batalha”. E o que isso quer dizer? Quer dizer que o discipulador que vai alcançar resultado, que vai crescer e que vai gerar a diferença no meio do trabalho da sua equipe, é o supervisor que foi formado no “campo de batalha”. É aquele que teve experiência de multiplicar a sua célula, já passou pelo desafio de fazer com que uma célula que estava pequena começar a crescer, já enfrentou desafios de aplicar, bem como, de criar projetos, e, é claro, já enfrentou as dificuldades de resolver problemas. Estes são os verdadeiros discipuladores de sucesso.
Aliás, o discipulador que continua mantendo de uma caminhada crescimento, é aquele que continua no “campo de batalha”, visualizando o próximo degrau: ser levantado como “obreiro”. Por isso, ele paga o preço de pegar uma célula que está fraca e movimenta para fazê-la crescer e para mostrar para a sua equipe que é possível buscar resultados de onde menos se espera e que dá para fazer a diferença.
LEVANTANDO UM DISCIPULADOR
Como um discipulador é constituído em nosso Ministério? Evidentemente, primeiro ele é membro de uma célula, depois se torna líder em treinamento e, após a multiplicação da célula, torna-se líder apostólico. Então, ele próprio deve multiplicar sua célula algumas vezes, gerando novos líderes, até chegar ao ponto de ser reconhecido como um discipulador. Antes disso, entre a primeira até a terceira multiplicação, ele já desempenha a função de discipulador, mas o definimos como um “supervisor”. Em outras palavras, poderíamos dizer que o supervisor é um discipulador em treinamento, em fase de formação, mas o reconhecimento de fato diante da Igreja, somente a partir da terceira multiplicação.
Basicamente ele precisa multiplicar pelo menos três vezes, gerando 3 novos líderes, os quais serão, preferencialmente, seus discípulos diretos. Ter concluído o “Curso de Membresia”, o “Curso Conexão Inteligente” e o “Curso de Treinamento de Líderes de célula” (CTL-c). É o mínimo para se tornar um discipulador de fato. Este é um passo essencial no processo, pois o líder de célula que não multiplica sua célula, gerando novos líderes, certamente não é aprovado para se tornar um discipuldor de líderes.
Contudo, apenas a multiplicação não é suficiente. Existe ainda a necessidade de checar o tipo de fruto, ou seja, a qualidade das células que ele tem gerado. No discipulado, passamos um DNA espiritual, por isso, precisamos ter muito cuidado com o tipo de supervisores que levantamos dentro da igreja. Além disso, precisamos ser criteriosos com o caráter de um supervisor, uma vez que sua função tem uma influência maior sobre os irmãos.
AS CARACTERÍSTICAS DE UM DISCIPULADOR
O papel de discipulador é fundamental na nossa estrutura de células, pois o líder bem acompanhado cuidará bem da sua célula e gerará ovelhas sadias, que logo serão discípulos (supervisores) também. No nosso Ministério temos cinco princípios fundamentais para a liderança:
- Deve ser cheio do Espírito - Isto vai gerar vida no grupo onde estão inseridos e fazer frutificar o seu trabalho. O discípulo cheio do Espírito vai manifestar alegria, intensidade, profundidade, amor e fé.
- Deve ser submisso as autoridades (legais e espirituais) - Quem não aprendeu a se submeter também não pode liderar, pois tal comportamento, define pessoas arrogantes, soberbas, jactanciosas e divisivas.
- Deve ser ensinável - Isso significa: disposto a aprender com qualquer um, sem se julgar doutor em coisa alguma. (aberto a aprender com nossos líderes)
- Deve ser transparente - O discípulo é alguém que deve andar na luz e não ocultar coisa alguma de seu caráter. Isso é o que torna alguém confiável. Ele não dissimula coisa alguma e seus problemas podem ser percebidos e, conseqüentemente, corrigidos. (não ter uma vida oculta ou viver de maneira desconfiada)
- Deve ser tratável - Se na sua transparência, percebemos algo errado, ele deve ser suficientemente aberto para permitir ser tratado e corrigido. A pessoa não pode ser melindrosa e deve estar disposta a ouvir o que precisa e não somente o que gosta. (receber repreensão sem ser desleal ou carnal)