3.5. NO COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA - Pv 27:17, 2 Tm 3:16-17 e Hb 4:12
Esse momento é o ponto alto da célula. Ele não deve ser confundido com o que acontece em um culto. Num culto, há uma pessoa que fala e os demais estão escutando. No compartilhamento da Palavra TODOS participam falando e escutando. É um tempo poderoso de edificação mútua, no qual cada um considera os outros superiores a si mesmo e dá atenção ao que os outros falam, não buscando monopolizar esse tempo, mas buscando ser generoso e suscinto para que outros possam compartilhar da riqueza que têm recebido do Senhor. Assim cada membro é usado para edificar e é edificado.
O tempo para o compartilhamento da Palavra é de 30 a 40 minutos.
O que observar?
- O líder ou ministrante seguiu o ROTEIRO PARA O COMPARTILHAMENTO DA PALAVRA, que é disponibilizado semanalmente (ou, excepcionalmente, outro roteiro devido a um projeto ou campanha específico)?
- O líder ou ministrante motivou os irmãos a estarem presentes nos cultos de domingo?
- O líder ou ministrante fez a introdução com o resumo da Palavra conforme o roteiro do compartilhar?
- O líder ou ministrante seguiu o tempo designado para a introdução (5 minutos)?
- O líder falou mais que os irmãos no momento de compartilhar?
- O líder foi um bom ouvinte e mediador do compartilhamento da Palavra?
- Caso outros irmãos ou o líder em treinamento tenham sido responsáveis pelo compartilhar, eles foram bons ouvintes e bons mediadores do compartilhamento da Palavra?
- O líder utilizou as perguntas que estavam no roteiro na seção de compartilhamento?
- Se na célula havia mais do que 10 pessoas presentes, o líder separou-os em dois grupos menores, as micro-células, para a realização do momento das perguntas do compartilhamento? O líder seguiu essa direção?
- Em havendo micro-célula no momento do compartilhamento, o líder ou ministrante acompanhou o outro grupo, deixando o seu grupo por alguns instantes para ver o andamento do mesmo?
- No final da micro-célula, foi designado um tempo de 3 minutos para que o representante de cada grupo relatasse o que mais chamou a atenção em seu grupo quanto a Palavra da semana? (caso houvesse mais de 10 pessoas na reunião da célula) Essa direção foi seguida?
- Quando o líder ou ministrante deixou o seu grupo para acompanhar os demais, ele designou alguém para continuar conduzindo as perguntas do compartilhamento em seu lugar?
- O relato dos grupos foi feito de forma empolgante?
- Você percebeu o envolvimento dos irmãos durante esse relato?
- O relato envolveu algum testemunho?
- Alguma das perguntas gerou fortes emoções entre os irmãos?
- Houve algum breve testemunho do impacto que essa Palavra ministrada na celebração causou na vida de algum dos irmãos?
- Alguém tentou monopolizar o tempo do compartilhar, não deixando tempo para outros irmãos falarem? Se isso aconteceu, como o líder lidou com essa situação? Foi firme, mas amoroso, ao pedir para o irmão deixar os demais participarem ou não soube lidar com a situação?
- Houve algum comentário que gerou uma situação desconcertante ou desconfortável entre os irmãos? Como o líder e os irmãos lidaram com a situação?
- Houve alguma discussão entre os irmãos? Como o líder e os irmãos lidaram com a situação?
- Os membros da célula participaram ativamente do compartilhar?
- O tempo do compartilhar foi respeitado nessa reunião?
3.6. NA ORAÇÃO - At 1:14, 1 Ts 5:17-18 e Fl 4:6-7
Esse é o momento de orar pelos pedidos dos irmãos, mas, também, o Espírito Santo pode nos dirigir numa reunião a intercedermos por motivos de oração coletivos da célula (pelo alcance de vidas, por exemplo) ou da Igreja.
O líder ou irmão responsável por orar deve ajudar a produzir uma atmosfera intensa da vida de Deus, isto é, um ambiente de fé e coragem no espírito. Nesse momento a oração pode ser conduzida por uma pessoa; feita um duplas ou trios ou todos orarem ao mesmo tempo com fé. É necessário estar atento à direção do Espírito Santo, pois, às vezes, poderão ser convidadas pessoas para, por exemplo, ficarem no meio do grupo para receberem uma oração por um motivo específico (a cadeira da benção). Além disso, caso haja visitantes, poderá ser feito o apelo e uma oração de entrega daquela pessoa que reconheceu, nesse momento, JESUS como Senhor e Salvador de sua vida(em nosso app, menu conexão, sub-menu confissão).
O tempo para a oração é de 15 minutos.
O que observar?
- Houve oração após o compartilhar?
- Havia entre os irmãos uma postura de quem crê no poder da oração?
- Os irmãos se envolveram nesse momento com intensidade (diziam AMÉM em alta voz ou com firmeza; concordavam; etc)?
- Houve ousadia da parte de quem orou, declarando as verdades da Palavra de Deus compartilhadas naquele dia?
- Alguém pediu uma oração específica?
- Houve algum testemunho de uma oração respondida?
- A oração foi concluída “...em nome de Jesus”, pois foi Ele mesmo quem disse que tudo que pedíssemos em Seu nome, Ele faria?
- Você percebeu, no espírito, um ambiente de fé, porque JESUS também disse que tudo que pedíssemos com fé, receberíamos?
- Alguém entregou a vida a JESUS e foi feita a oração de arrependimento e entrega dessa(s) vida(s) a Ele?
- Houve um convite para participar do próximo retiro de Encontro com Deus?
3.7. NO LANCHE - At 2:46
O momento do lanche não deve ser difícil de organizar. Toda célula pode e deve ter uma escala de serviço para o lanche. Deve haver sempre alguém cuidando do lanche naquele mês, por exemplo. Outra coisa, o lanche não deve ser algo que cause constrangimento quando for necessária uma contribuição. Deve-se ter o cuidado de ser algo simples e que não exija muitos apetrechos para ser servido. O bom lanche é aquele que pode ser apreciado usando-se um simples guardanapo de papel. Não estamos com isso querendo impedir as células de prepararem algo mais elaborado, porém a sugestão é que isso ocorra em momentos como um evento ponte ou num tempo específico de comunhão, fora da reunião regular da célula. Lembre-se que se você for servir um prato como lasanha e, acidentalmente, alguém derrubar o prato de lasanha, poderá gerar um constrangimento por uma louça quebrada e toda a sujeira decorrente do queijo, molho e complementos que se espalharam pelo chão. Por outro lado, se for servido pão de queijo e ele cair no chão, será mais fácil recolhê-lo e colocá-lo em um cesto de lixo sem causar grandes embaraços ou dificuldades. Além do mais, a maioria das nossas células ocorre em dias úteis da semana e, na maioria dos casos, no dia seguinte, o anfitrião e os membros têm que trabalhar, por isso um lanche prático facilitará a vida de todos.
O aspecto mais importante do lanche é que ele é um momento importante de comunhão. Esse tempo do lanche acaba sendo uma boa oportunidade para os irmãos conhecerem-se melhor; aproximarem-se de um visitante ou frequentador; compartilharem testemunhos; combinarem visitas uns aos outros; etc. Não importa se ele ocorrerá no início ou no final da reunião, isso dependerá da forma como o líder faz a leitura de seu grupo. Às vezes, os membros, devido aos seus horários de trabalho vêm direto para a reunião e não têm tempo de comer coisa alguma antes dela. Quando o líder conhece a realidade dos irmãos, deve ser sensível a isso e pode servir o lanche no início, tendo o cuidado apenas com o tempo, para que o andamento da reunião e o seu término não sejam prejudicados.
O tempo para o lanche é de 20 minutos.
O que observar?
- Havia uma escala para o lanche?
- Os irmãos contribuíram?
- O lanche era simples e prático?
- Houve comunhão no momento do lanche?
- Havia alegria no momento do lanche?
- Caso tenha havido a presença de visitantes, ele foi servido primeiro?
- Você notou os irmãos indo na direção do visitante para conversar com ele e acolhê-lo na célula?
- Houve cuidado com os alimentos a serem servidos (estavam cobertos ou protegidos de moscas, por exemplo)?
3.8. NA DESPEDIDA - Nm 6:24-26
Como assim? Até a despedida dos irmãos tem importância? Sim. Da mesma forma que ao chegar foram recepcionados, eles devem se sentir amados na hora de irem embora. Um “Boa noite” cheio de afeto e/ou abraço, por exemplo, é igualmente importante. Por isso, o líder ou alguém designado pelo líder deve acompanhá-los até a porta. No caso de reuniões que ocorram em casas, deve-se ter o cuidado de esperar a pessoa entrar em seu veículo para só depois fechar a porta. Este gesto simples sinaliza à outra pessoa o interesse que há por sua vida e segurança. Quando for em apartamentos, se for possível, desça e acompanhe-os até a saída.
O que observar?
- Após o tempo do lanche, os irmãos ajudaram a arrumar a casa do anfitrião?
- Após ajudarem a arrumar a casa do anfitrião, os irmãos foram embora?
- O anfitrião dispensou a ajuda dos irmãos para arrumar a casa?
- O motivo do anfitrião dispensar a ajuda para arrumar a casa é devido a ter empregados para fazer isso ou porque ele ainda não se sente livre para receber este tipo de ajuda dos irmãos?
- Algum irmão visivelmente não quis ajudar a arrumar a casa do anfitrião?
- Havia algum tipo de escala para ajudar a arrumar a casa do anfitrião?
- Alguém os acompanhou e despediu-os em amor?
- Houve cuidado, no caso de uma reunião que ocorra numa casa, de esperar as pessoas entrarem em seus veículos?
- A despedida dos irmãos foi feita pelo líder?
- A despedida dos irmãos foi acompanhada por uma pessoa designada pelo líder?
- A célula foi concluída entre 1h30min a 2 horas?
- A casa do anfitrião ficou organizada?
- Você percebeu alegria no rosto do anfitrião ao final da reunião?
4. VISITEI A CÉLULA, E AGORA? - Ef 4:15-16, Ef 2:10 e 2 Pe 1:15
Como dissemos no início, a visita à célula é apenas a parte da supervisão que visa a observação. Depois disso, o discipulador, deverá ter um tempo de discipulado com aquele líder. Nesse tempo, ele deve:
- Orar pela vida, família, trabalho e ministério do líder;
- Reafirmar seu compromisso em servir aquele líder;
- Louvar a Deus pela vida daquele irmão;
- Ter sempre um momento de pastoreio, perguntando sobre sua vida pessoal e, novamente, orando por alguma situação específica;
- Pontuar os acertos da reunião;
- E, por fim, caso seja necessário, tratar os pontos que podem ou precisam ser melhorados.
- Ao final, ele deve orar declarando com fé que aquele irmão é um líder do Senhor, um filho interessado naquilo que o seu Pai está fazendo, um servo apaixonado e dedicado do Senhor Jesus que tem feito o melhor e que crê que sempre é possível crescer e melhorar para glorificar o nome de Deus.
Esse é o tempo de discipulado, que envolve treinamento, correção, amor, graça e palavras de fé que deem a esses irmãos tão preciosos, que lideram na obra na casa do Senhor com tanto amor, a certeza de que Deus não os deixou sozinhos, mas providenciou para eles um discipulador, que é você, para ajudá-los nessa caminhada.
Sabe qual é a beleza disso tudo? É que ao final de cada visita, o discipulador será grandemente enriquecido pelo Senhor através das experiências que viverá junto a esses líderes em cada uma das reuniões. Que o Senhor te use, discipulador, poderosamente em nome de Jesus. Amém.
CONCLUSÃO - RESUMINDO
Princípios para desenvolver uma supervisão de sucesso
- Faça o que precisa ser feito.
- Rejeite uma liderança frágil
- Relacione-se de forma saudável.
- Seja fiel no pouco.
- Cresça em oração.
- Lidere com um propósito. (obreiro?)
- Não negocie os resultados.
- Dependa de Deus.
- Multiplique-se! (multiplicação é resultado de clamor)
- Celebre os Resultados!
Critérios para ser um discipulador
- Levantar e treinar outro líder.
- Multiplicar no mínimo 3 vezes.
- Ser aprovado no discipulado.
- Ser aprovado pelo pastor.
- Estar disposto a assumir as responsabilidades como discipulador.
Afinal, a principal tarefa do discipulador é, levantar e treinar outros discipuladores!